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Fidalgando

Conjunto de Crônicas

<p class="font_8">E ele completou seus 109 anos de fundação e é orgulho no esporte da capital secreta. Celeiro de craques e primeiro campeão estadual do interior lá nos idos de 1948 do século passado, com um esquadrão que até hoje está na memória de seus torcedores pela conquista inédita, e neste time estava meu irmão, o José Neves, que tinha um apelido que ele não era muito chegado, que era “Zé Catraca”, - poderia ter seguido carreira nos gramados, mas foi ser funcionário do Banco do Brasil após ter sido aprovado em concurso. Do alto do Morro dos Cabritos, todos os dias contemplo o Moreira Rebello e fico triste com a situação que ele se encontra hoje e dá saudades de Manoelzinho, do Oswaldo Secchin com sua corneta, José de Alencar e as suas batalhas dentro e fora do gramado pelos atletas e pelo clube, além de tantos outros que aí estão unidos para retornarem com o brilho do “Fidalgo do Arariguaba”. Ainda sonho um dia antes de repousar lá na cama de terra do campo santo do Coronel Borges, contemplar o Moreira Rebello e ver o mesmo lotado de torcedores, vibrando com o “Fidalgo do Arariguaba”.</p>
<p class="font_8">E assim caminha a humanidade.</p>
<p class="font_8">Sérgio Neves – jornalista e ex-presidente</p>

Fidalgo Eterno

Sérgio Neves

<p class="font_8">Cresci ouvindo do meu nobre pai - um torcedor apaixonado - referências sobre a grandeza do Cachoeiro Futebol Clube. Nas suas andanças pelos campos acompanhando o time, eu era a sua principal companhia, e assim fui tomado pelo sentimento de amor e carinho herdado do meu pai pelo clube do nosso oração.</p>
<p class="font_8">Um dos meus sonhos era poder ter o Cachoeiro de volta as principais competições, principalmente a nível estadual e quiçá, também nacional.</p>
<p class="font_8">Quando esse sonho foi realizado no ano de 2000, com a conquista do campeonato estadual se série B, aflorou em mim os conhecimentos que eu havia obtido na minha infância.</p>
<p class="font_8">Me incomodava muito como seu torcedor, imaginar que as pessoas pudessem pensar que o Cachoeiro era um clube novo, emergente, por desconhecer completamente a nossa história.</p>
<p class="font_8">Ao contrário, clube tradicional, tem cento e oito anos de uma gigantesca existência, edificada pelos seus valorosos torcedores, abnegados, atletas, funcionários e diretorias comprometidas com o seu engrandecimento.</p>
<p class="font_8">Esse incômodo transformou de certa forma a minha indignação em uma saudável atitude, comecei a juntar daqui e dali fragmentos de fatos ocorridos em todo esse período. O todo foi compensador.</p>
<p class="font_8">A idéia da criação do nosso site tem como principal objetivo imortalizar a nossa trajetória e dotar os torcedores em geral, imprensa, etc. de conhecimento, tornando-se uma fonte permanente de consultas.</p>
<p class="font_8">Ainda temos muito a realizar, mas a sensação é que estamos no caminho certo.</p>
<p class="font_8">Uma viagem no tempo posso assim descrever o que estamos proporcionando a todos. Incontáveis fotos legendadas de títulos, seja do infantil, juvenil e do profissional. Outras de grandes times, mas que por infelicidade não foram</p>
<p class="font_8">campeões. Fotos dos presidentes, de fidalgos históricos e de momentos marcantes enriquecem a nossa história.</p>
<p class="font_8">Como dizia um grande professor de História que tive no Liceu “Muniz Freire”, chamado Pastor Benjamim, um entusiasta da matéria, “tudo é História”.</p>
<p class="font_8">Sejam todos muito bem-vindos!</p>
<p class="font_8">Não ao Cachoeiro de Ontem, mas ao Cachoeiro de Sempre!</p>

O fidalgo imortal

Lucimar Fernandes Machado

<p class="font_8">Bons tempos aqueles. Domingo era dia de futebol, Campeonato Sulino, estádio lotado, Cachoeiro e Estrela. Rivalidade saudável entre as torcidas, algumas briguinhas, claro, mas chegava logo à turma do “deixa disso”, e a paz voltava a reinar. Em campo, “bola para o mato, porque o jogo é de campeonato”. Ainda garoto, assisti dois ou três clássicos da cidade de Cachoeiro.&nbsp;</p>
<p class="font_8">Recordação mesmo eu tenho é de uma partida no estádio do Ouro Branco – hoje funciona o Supermercado Sempre Tem – entre Cachoeiro e Estrela, o clube fidalgo venceu por 1x0, gol de Zininho. Ah, como esquecer de outro Cachoeiro x Estrela, no estádio de Sumaré; não me lembro o placar, mas o Roque, um dos maiores que vi jogar fez um gol de falta. Que zagueiro, que domínio de bola, um craque.</p>
<p class="font_8">Mesmo eu sendo ainda um garoto com meus 15, talvez 16 anos, tive que pagar a promessa feita ao Roque; um quilo de carne, isso mesmo, toda vez que ele fizesse um gol. Acho que foi nesse jogo que o goleiro do Cachoeiro foi fazer a reposição de bola com as mãos e jogou a bola contra suas redes. O jogo foi disputado a noite, com narração de José Américo Mignone, e o locutor ficava em cima de uma laje na entrada do estádio de Sumaré.</p>
<p class="font_8">Cachoeiro e Estrela era um “caso à parte” na vida dos cachoeirenses. O Bar Vitória, era o palco de grandes apostas, negociações e vendas de bois e cavalos. E onde os “caras” endinheirados, a maioria fazendeiros, se reuniam para um café com leite, conhecido como “média”, e pão com manteiga. Dia de Cachoeiro e Estrela era dia de festa, bandas de músicas e muitas provocações. Mas eu nunca assisti, sequer, um clássico no saudoso estádio Moreira Rabelo.</p>
<p class="font_8">Hoje, acompanho a distância, o movimento de abnegados torcedores querendo a volta do Cachoeiro. Eu também quero. E tem muita gente querendo, inclusive jovens influenciados pelos pais. O retorno do Cachoeiro às competições esportivas seria um benefício para o futebol de Cachoeiro e até o Estrela do Norte seria beneficiado. Sim, por que não? A rivalidade faz bem a uma sociedade organizada e ativa.</p>
<p class="font_8">O Cachoeiro tem uma história que precisa ser resgatada, e está sendo, por esses entusiasmados torcedores. O que mais admiro nesse grupo, é que eles não tem pressa, eles têm planos, e é consenso entre eles de que “a casa precisa estar arrumada” para a volta do Cachoeiro. Um passo de cada vez. Isso prova o quanto essa gente está comprometida. Voltar por voltar, e depois voltar ao marco zero, melhor será ficar onde está.</p>
<p class="font_8">Ainda tenho o sonho de assistir, em primeiro lugar, a volta do Cachoeiro, e depois me sentar na arquibancada e ver a bola rolar para Cachoeiro e Estrela. Pena que quando isso acontecer, não será mais como antes; jogadores perfilados, lado a lado, representando famílias de Cachoeiro e da Região. Os tempos são outros, e isso já não importa mais, o que torcemos é para o Cachoeiro voltar, e que seja breve!!!</p>
<p class="font_8">Toninho Carlos - Jornalista</p>
<p class="font_8"><br></p>

Um olho no passado e outro no futuro

Toninho Carlos

Cachoeiro Futebol Clube

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